A gravidez foi descoberta no último dia 25 de fevereiro, quando a menina de nove anos se queixou de tonturas e foi levada pela mãe à Casa de Saúde São José. Exames constataram que a criança já estava na 16ª semana de gestação e que a gravidez era de alto risco por conta da idade. A criança informou à polícia que os abusos começaram quando ela tinha seis anos de idade, e que o padrasto, de 23 anos, a ameaçava de morte caso contasse sobre os abusos a alguém. Ele foi preso quando se preparava para fugir para a Bahia. Em seu depoimento, o padrasto confessou que também abusava da enteada mais velha, de 14 anos, portadora de deficiência física.
O Ministério Público, a Secretaria Estadual de Políticas para a Mulher e as ONGs Curumim e SOS Corpo acompanham o caso e irão oferecer recursos e tratamento psicológico para as vítimas.
De acordo com os médicos, a menina, que tem 1,33m e pesa 36kg, não apresentava estrutura física que sustentasse uma gravidez. Segundo eles, a paciente corria risco de morte caso a gestação continuasse. Além disso, a legislação brasileira permite o aborto em vítimas de estupro até a 20ª semana de gestão.
Nesta quarta-feira, o arcebispo de Olinda e Recife, D. José Cardoso Sobrinho, excomungou a criança, a mãe e os médicos envolvidos no aborto. “A lei de Deus está acima de qualquer lei humana. Então, quando uma lei humana, quer dizer, uma lei promulgada pelos legisladores humanos, é contrária à lei de Deus, essa lei humana não tem nenhum valor”, disse o bispo.
(Fonte: Agência Brasil) Não posso deixar de repudiar veementemente a atitude do Arcebispo, aliás, ao que parece, coadjuvada pelo próprio Vaticano.Não sei qual será o maior crime: se o abuso sexual, se a excomunhão de uma inocente criança e de quem lhe salvou a vida.E o padrasto ? Depois de ir ao confessionário, se dizer arrependido e rezar meia dúzia de Avé-Marias, será perdoado ?Gostava de ler, ou ouvir, o que tem a dizer a Igreja Católica Portuguesa sobre este assunto.